A MOITA DO MOITA

A MOITA DO MOITA

Eu só não quero é ter remorso.

31 julho 2010

O velho e o novo testamento

Eu não gosto do velho testamento.

O velho testamento promove um Deus partidário, cruel, manipulador, brincalhão, desconfiado e sem poder algum.

Só na sua ação pra libertar os Judeus do Egito, ele demonstra os dois primeiros adjetivos.

Partidário, porque escolheu o povo Judeu para proteger, especificamente.
Cruel, porque depois da escolha, infligiu sete pragas aos egípcios, de extrema crueldade como, só pra citar uma, matou todos os filhos primogênitos dos egípcios.

Não vou nem falar das outras.
Que Deus mais cruel, infanticida e sanguinário era esse?

Manipulador? Sim. Pediu a Abraão para matar seu filho em sacrifício a Ele para que Abraão provasse para Ele que Lhe era fiel.

Segundos antes de Abraão sangrar Isaac, Aparece Deus com um cordeiro e evita o infanticídio. Demonstrou aí que era manipulador, brincalhão, desconfiado e sem poder algum.

Se fosse Deus verdadeiro, com todos os poderes, já poderia saber que Abraão Lhe era fiel sem precisar exigir dele, essa prova. Mas muito antes disso, injuriado com os não "justos" avisou a Noé, tido como justo e afogou todos os outros com o dilúvio.

O antigo testamento é muito mais um código de disciplina do que um evangelho, do que um ensinamento. Foi escrito na tentativa de controle do poder temporal. Aquele Deus não inventou o homem; o homem daquele tempo foi quem inventou Deus para usá-lo com o pretenso sentido de dominação.

Adoro o Deus do Novo Testamento. Esse é o Deus da compaixão, palavra que agrega amor, perdão, humildade e servidão.

Esse é o Deus de todos. Surgido com Jesus Cristo. Um Deus sem rancor e sem vingança. Um Deus sem maldade. O Deus da compaixão e do perdão, para ser pleonástico, finalmente.

O Antigo Testamento poderia ser excluído da Bíblia. É muito fantasioso.
E já é, pelo menos, pra mim.

22 julho 2010

एर्रोस रेपराडोस. ओऊ nãओ.

“A gente pensa uma coisa,
acaba escrevendo outra
e o leitor entende uma terceira coisa...
E, enquanto se passa tudo isso,
a coisa propriamente dita
começa a desconfiar que não foi propriamente dita.”

Mario Quintana.

Agora imagine você, quando o compositor faz uma música e na gravação o cantor muda palavras, porque não entendeu o recado. Ou sei lá por que.

Os autores são sempre poetas, boêmios que não se prendem a eficácia. Normalmente não acompanhavam as gravações e depois que notavam os erros, já estavam gravados centenas de milhares de “bolachões” e aí ele deixava pra lá.

Inclusive, os autores terminam cantando errado mesmo pra não atrapalhar as vendas.

Então vejamos esses erros:

a) - Tarde em Itapuã.
O Próprio Vinicius confessor.

Vinicius escreveu: “Depois do abraço a Caymmi, senti preguiça no corpo....”

Na primeira gravação feita por Toquinho, sozinho, ele largou: “Depois na Praça Caymmi.....” Convenhamos, a Praça Caymmi nem existe em Salvador e, que eu saiba, em lugar algum. rss

Depois, seria ridículo você chegar a uma praça e estirar uma “esteira de vime, tomar uma água de coco.” Deitado nela?

b) – Aquarela do Brasil.
Ary Barroso foi cobrado, uma vez por um repórter, porque “Izoneiro” não existe no dicionário. Ary respondeu: “eu escrevi “Inzoneiro”. O cantou trocou.
E inzoneiro existe sim.

c) – Nervos de Aço.
Lupicínio Rodrigues escreveu:
“e depois encontrar em um braço
que nem um pedaço do MEU pode ser”.
O braço é tão do outro, que nem um pedaço do MEU, pode ser.

Paulinho da Viola gravou “que nem um pedaço do SEU pode ser.” Ora! PODE, ela tava, não só no pedaço do braço do outro, como no braço todo. rss

d) - Noel Rosa escreveu:
"diga sempre que não presto e que meu lar é O botequim"
Quase todos gravaram assim: "e que meu lar é UM botequim".
Noel reagiu mau: "Nunca transformaria meu próprio lar em UM botequim"

e) - As rosas não falam.
Cartola escreveu: “Queixo-me às rosas” Mas gravaram: Queixam-me as rosas.
Só que ao contrário do Vinicius, cartola sempre que cantou, cantou tal qual escreveu. Vinicius mudou a versão pra não arcar com o prejuízo de tantos discos já gravados. E cantava “depois na Praça Caymmi” que nem existe.

Vinicius, me desculpe, “faiou feio”.
Beijos a Cartola. rsss

12 julho 2010

CLIMA e sua importância

Copa do continente Africano. Um continente pobre. Não é pela cor dos seus habitantes e nem por qualquer outra razão aparente; apenas pelo CLIMA.

Definitivamente não sou racista. Nem de cor nem de qualquer outra categoria.

Olhando a evolução e a adaptação dos humanos sobre a terra, vemos que o desenvolvimento não foi convidado a viver no equador ou perto dele.

Em torno do equador, os dias costumam ter o mesmo número de horas. A temperatura costuma ser constante e em torno 33º Celsius. As chuvas igualmente são constantes, freqüentes, com algumas exceções. As frutas, folhas, bulbos e raízes, todos alimentícios, brotam naturalmente e são, igualmente, abundantes.

A ciência registra que a vida humana surgiu na África e próximo ao equador, onde você nu e deitado podia esperar o fruto cair na sua mão.

Provavelmente, por culpa da super população, alguns resolveram migrar pro norte ou pro sul. Os que escolheram o sul pararam no oceano Índico e provavelmente só o atravessaram muitos séculos, milênios ou milhões de anos depois; após inventarem a navegação.

Os que foram pro norte se espalharam mais rapidamente, mas não, mas facilmente. Depararam-se com o frio, as geadas e as quatro estações.

Os que decidiram migrar, já eram dotados de
CORAGEM.

A partir das quatro estações tiveram que desenvolver o registro, mesmo mental e de observação. Quando cada estação acontecia. Isso criou neles o
PLANEJAMENTO.

Porque no inverno eles descobriram que tinha que cobrir o corpo. Observando os animais decidiram por usar as suas peles. Pra isso tinham que abatê-los, até porque tinham que comer algo porque, no inverno, a necessidade de calorias aumenta e é muito mais exigida do que no equador.

Eles tiveram que pensar em armas e armadilhas para contê-los. Isso lhes desenvolveu a
CAPACIDADE EM OBSERVAR, a CRIATIVIDADE e a EXPERIMETAÇÃO.

Quando não tiveram mais pra onde imigrar norte acima, começou novamente os problemas de superpopulação. Não que fossem muitos, mas pelo fato da atividade de caçador exigir vastos territórios. Entram em guerras e Isso desenvolveu neles a capacidade de montar
ESTRATÉGIAS.

Depois descobriram que guerrear era contraproducente e que por todas as experiências já adquiridas, sabiam que todas as plantas se multiplicavam rapidamente, no verão. Resolveram cultivá-las. Inventaram a
AGRICULTURA.

Em seguida perceberam que podiam produzir excessos no verão para consumirem no inverno e aí deram torcicolo no pescoço do raciocínio até descobrirem a CONSEVAÇÃO e o ARMAZENAMENTO através da FERMENTAÇÃO, DESIDRATAÇÃO e etc. Estava criada a ideia de POUPAR.

Dominaram o que fazer nas quatro estações porque desenvolveram todos os hábitos que grafei com maiúsculas e todas as conseqüências delas advindas.

Enquanto tudo isso acontecia, os que ficaram em torno do equador, continuavam nus e esperando que a fruta caísse na sua mão, ou na sua boca.

Mesmo aqueles que, milhões de anos depois, retornaram ao equador das Américas ou da Ásia, readquiriram o hábito. “Voltamos à Terra Prometida novamente”. É a lei do menor esforço.

Pergunta besta; Qual o país ou civilização superdesenvolvida em torno do equador?

Hoje temos outras milhares de razões para as diferenças, mas o Clima foi o que deu o início, foi o que deu o “start” dessa desigualdade.

Ser desenvolvido é bom? Não sei. rs

Voltando à primeira frase que escrevi. Sem preconceito algum. Não é pela cor dos seus habitantes, até porque, por milhôes de anos, todos eram escuros independentemente de estarem no Equador ou fora dele, e nem por qualquer outra razão aparente que tivemos a gênese do desenvolvimento diferenciado no nosso planeta; mas apenas pelo CLIMA.

Eu poderei estar errado, mas eu estar errado é absolutamente natural.

10 julho 2010

Invenções

Confesso que escrevi esse artigo depois de ler o Blog do meu querido amigo Jean Sharlau. (rss).

Nem tencionava publicá-lo, mas me provocaram, de forma incontrolável (Jean Sarlau não, outros) com idéias de agricultura “orgânica”.

Até hoje não sei o que significa isso. E olha que sou Engenheiro Agrônomo. (rss).

Pra mim toda agricultura é orgânica. Porque NUNCA vi, nem consigo entender o que seria e/ou poderia ser uma agricultura inorgânica. (rss)

E agricultura inorgânica, nem Guimarães Duque, o Engenheiro Agrônomo que mais admiro, conseguiria me convencer.

Alguns idiotas resolvem criar termos que não existem. Lançam na televisão e se tornam filólogos. É ridículo.

Se nós não resolvermos pensar, viraremos rebanhos, manadas.
Paremos de ser ovelhas.

Diz um colega meu que isso é invenção de comunistas do PT. rss.
Não posso concordar, mas daí o tema.

Nos anos sessenta e setenta TODOS nós éramos comunistas; depois que, em 1959, Castro derrubou o Ditador Fulgêncio Batista em Cuba.
Exagero. Quase TODOS.

Líamos Max, Lenine, Trotsky e nos encantávamos com a idéia de sermos todos iguais. Por descuido, paixão e/ou ignorância esquecemos que em 1917, Stalin e o próprio Lenine exageraram na tarefa de igualar as pessoas, na Rússia.

Um Diretor Financeiro de um banco não pode ou deve ganhar MAIS do que, MAS quase igual ao Porteiro de uma agência. (veja que grafei, igualmente, todos com maiúsculas) rsss

Aí morreu o comunismo. Se eu resolvo me esforçar, dormindo 4 horas por noite pra aprender tudo sobre o sistema financeiro, não vai me adiantar muito, pois vou ganhar quase igual ao porteiro.

Descobriu-se depois, ou melhor, TAVA NA CARA que quando você tenta nivelar as pessoas; nivela sempre por baixo.

O comunismo é muitíssimo atraente.
Já imaginou todos iguais?

É um chamamento, incalculavelmente, irresistível, mas nunca deu certo em país nenhum de continente algum e em época nenhuma.

Até já me cansei de dizer isso.

Essa foi uma música muito rica em conteúdo.
Que inflamou o sentimento comunista da época.

http://www.youtube.com/watch?v=LClPk81uVh8

09 julho 2010

Tem uma música, cantada pela Elba Ramalho que tem uma frase emblemática.

“deixe o índio no seu canto”

Em 1974 ouvi numa entrevista coletiva de Vilas Boas e Possuelo, ao vivo, em São Paulo, o seguinte:

“A única coisa que o índio amazônico quer é que não o visitemos”

Depois, em nome da integração e da exploração financeira do Índio, apareceram os DITADORES, depois os VERDES, os ECOLOGISTAS, os PETISTAS, Todos querendo resolver os problemas dos Índios que nunca tiveram problemas antes deles aparecerem. rss

É muito irônico se não fosse trágico.

Poderia desenvolver um tratado sobre isso, mas meus leitores são, graças a Deus, muito mais perceptivos do que eu. rss

07 julho 2010

Dunga, na sua carta aberta, que nem deveria existir, pois carta aberta se aplica a renúncia ou a sugere. No caso, foi demissão irrestrita. Não caberia carta alguma, nem via correio.

Apesar da demissão irrestrita, Dunga disse que deixou um LEGADO.

Analisemos.
Legado de base pra 2014? Não.

Todos estarão velhos demais pra isso, com exceção de Daniel, Ramires, Kaká, Maicon, Julio Cezar e... Talvez mais dois que esqueci. Então não deixou legado como elementos pra formar a base de 2014.

Legado de que? Não vou me estender muito.
A não ser que ele se refira a legado de indisciplina no campo e no banco.

Nunca vi um técnico brasileiro esmurrando o suporte da cobertura do banco de reservas e nem transmitindo indisciplina pros liderados, ao fazer crer aos jogadores que faltas claras eram culpa do árbitro. Isto é mau exemplo e não disciplina e/ou solidariedade do líder.

Brigar, invariavelmente, com a imprensa! Pode ser considerado um legado? Não.

Quando somos lógicos nos tornamos sérios.

Então. Qual é o legado de Dunga?

02 julho 2010

Vejam só como são relativas, as coisas.

A expulsão de Felipe Melo foi a principal causa do Brasil não conseguir mais reagir, nem fazer substituições eventualmente mais apropriadas, até porque com um homem a menos, as substituições não podem ser muito ousadas. Além de outras falhas, inclusive anteriores; convocação mal feita e o prudente et..

- Expulsão considerada ato de um covarde, indisciplinado, mau caráter, irresponsável com a sua pátria de chuteiras.

Já a expulsão do uruguaio, aquele que pegou a bola com a mão provocando o pênalti, porém evitando o gol, inevitável por outro meio, está sendo endeusada no Uruguai.

- Expulsão considerada ato de heroísmo, disciplina, honra, senso de oportunidade, rapidez de raciocínio, responsabilidade com sua pátria de chuteiras.

É... amigo. Uma coisa é uma coisa; outra coisa é outra coisa e a mesma coisa não representa a mesma coisa. Tudo é temporal e depende das circunstâncias. rssss