A MOITA DO MOITA

A MOITA DO MOITA

Eu só não quero é ter remorso.

07 fevereiro 2013

Grandes Poetas

Todos os grandes poetas fizeram versos fesceninos,
mas as editoras e livreiros de plantão tentaram ocultá-los.
Os colégios de padres e/ou de freiras não podiam nos mostrar.
O que ocorre, de fato, é que esses versos quase desapareceram e muita gente nunca os leu.
A Moita não esconde nada; só o dono vive amoitado. rss



DELÍRIO

Nua, mas para o amor não cabe o pejo,
na minha a sua boca eu comprimia.
E, em frêmitos carnais, ela dizia:
mais abaixo, meu bem, quero o teu beijo!
Na inconsciência bruta do meu desejo,
fremente, a minha boca obedecia.
E os seus seios, tão rígidos mordia,
fazendo-a arrepiar em doce arpejo.
Em suspiros de gozos infinitos,
disse-me ela, ainda em grito:
mais abaixo, meu bem! Num frenezi.
No seu ventre pousei a minha boca,
mais abaixo, meu bem! Disse ela, louca;
moralistas, perdoai! Obedeci...

OLAVO BILAC



Eu que vivia fodendo;
eu, que fodendo, vivia;
hoje vivo fudido
sem a sua companhia.

MANUEL BANDEIRA



A criação da Xoxota

Sete bons homens de fino saber
criaram a xoxota, como pode se ver:
chegando na frente, veio um açougueiro,
com faca afiada deu talho certeiro.
Um bom marceneiro, com dedicação,
fez furo no centro com malho e formão.
Em terceiro o alfaiate, capaz e moderno,
forrou com veludo o lado interno.
Um bom caçador, chegando na hora,
forrou, com raposa, a parte de fora.
Em quinto chegou, sagaz pescador,
esfregando um peixe, deu-lhe o odor.
Em sexto, o bom padre da igreja daqui
benzeu-a dizendo: "É só pra xixi!"
Por fim o marujo, zarolho e perneta,
chupou-a, fodeu-a e a chamou de...
Buceta!

MARIO QUINTANA