A MOITA DO MOITA

A MOITA DO MOITA

Eu só não quero é ter remorso.

23 abril 2011

Ser

Quando todos dizem não, eu digo sim.
Se concordo só consigo dizer não.
Se o amar se embasa no perdão,
não perdôo e todo amor se vai ao fim.

Já não sei se existo mesmo em mim
ou se em mim o que existe é solidão.
Quando só, me povoa uma multidão
que me deixa solitário, mesmo assim.

Quando olho de volta o meu passado,
penso ser o amor reencarnado
e desembrulho as emoções dentro do peito.

Mas agora sinto um grande desalento,
construindo-me de areia com cimento;
não sei mais de que barro eu fora feito.

Moita

12 abril 2011

O "QUINTO DOS INFERNOS"

Repetido, sobejamente conhecido, antigo, porém atual.

Durante o século 18, o Brasil Colônia pagava um alto tributo para seu colonizador, Portugal.
Esse tributo incidia sobre tudo o que fosse produzido em nosso país e correspondia a 20% (ou seja, 1/5) da produção. Essa taxação altíssima e absurda era chamada de "O Quinto". Esse imposto recaía principalmente sobre a nossa produção de ouro.

O "Quinto" era tão odiado pelos brasileiros, que, quando se referiam a ele, diziam... "O Quinto dos Infernos". (Essa é a origem da expressão)
E isso virou sinônimo de tudo que é ruim.

A Coroa Portuguesa quis, em determinado momento, cobrar os "quintos atrasados" de uma única vez, no episódio conhecido como "Derrama".
Isso revoltou a população, gerando o incidente chamado de "Inconfidência Mineira", que teve seu ponto culminante na prisão e julgamento de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário IBPT, a carga tributária brasileira chegou ao final de 2010 a 38% ou praticamente 2/5 (dois quintos) de nossa produção.

Ou seja, a carga tributária que nos aflige é praticamente o dobro daquela exigida por Portugal à época da Inconfidência Mineira, o que significa que pagamos hoje literalmente "dois quintos dos infernos" de impostos...

Para que?
Para sustentar a corrupção?? Os mensaleiros?? O Senado com sua legião de "diretores", a festa das passagens, o bacanal (literalmente) com o dinheiro público, as comissões e jetons, a farra familiar nos 3 poderes (executivo/legislativo e judiciário).

Nosso dinheiro é confiscado no dobro do valor do "quinto dos infernos" para sustentar essa corja, que nos custa (já feitas as atualizações) o dobro do que custava toda a Corte Portuguesa.

Você sabia que temos 74 impostos diferentes?
E que, de 1993 até hoje (17 anos), foram alteradas 251.328 regras e normas nesses impostos?
Foram, em média, 14.784 alterações por ano.
1.232 alterações por mês.
56 alterações por dia útil.

Ou seja, os empresários têm que passar mais tempo lendo os boletins tributários federais, estaduais e municipais do que envolvido com as estratégias do seu negócio.

Se a saída é o imposto único ou imposto cidadão ou qualquer outro apelido, eu não sei. Mas não posso concordar com esses “DOIS QUINTOS DOS INFERNOS”.

E pensar que Tiradentes foi enforcado porque se insurgiu contra a metade dos impostos que pagamos atualmente!

(E esperem que ainda vem, novamente, a CPMF).

09 abril 2011

Dúbio

Se não sou o que aparento,
não aparento o que sou.
Outra pessoa eu invento
e nunca sei como estou.
Mudo de ser com o vento
nunca sei pra onde vou
ou o dilema - eu enfrento
ou não saberei quem sou.

Moita

03 abril 2011

Vila Izabel, Noel

Essa versão por si só se explica.

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Apesar e entretanto eu amo Noel incondicionalmente. rsss