Sensação térmica
Sensação térmica é um neologismo babaca inventado pela imprensa.
A definição que inventaram rapidamente pra justificá-la é: “Sensação térmica é uma indicação da percepção da temperatura do ar, que pode diferir da temperatura real devido a fatores climáticos que afetam a transferência de calor entre o corpo e o ar, como a humidade, densidade e a velocidade do vento a 1,5m de altura a partir do solo, considerado a altura média de um rosto humano.”
Parece brincadeira. Se eu fosse dono de uma emissora de TV proibiria reporte falar em sensação térmica. Falo dono, porque somente o dono pode inibir certas aberrações criadas por repórteres querendo ser “criativos” porque os diretores não controlam mais!
Faço a primeira pergunta besta: o vento, a altura de 1,5m, a umidade, densidade e a sua velocidade também não batem no bulbo do termômetro que fornece a temperatura oficial?
Segunda pergunta besta: porque aquele termômetro mede uma temperatura e o repórter reporta a sensação térmica como sendo outra?
Terceira pergunta besta: onde fica instalado esse termômetro que mede a sensação térmica?
Quarta pergunta besta: qual é o órgão oficial que fornece a temperatura exata da sensação térmica para os repórteres?
Os três termômetros mais reconhecidos no mundo são: Termômetro líquido (mercúrio). Termômetro de gás a volume constante e Termômetro efeito de Seebeck. Se bem aferidos, medem sempre a mesma temperatura.
A temperatura é a temperatura dada pelos termômetros. Sensação térmica de 2 º negativos é invenção de reporte.
Tem mais. Se tem alguém colocando um termômetro abrigado numa sala qualquer e outro na rua para poder registrar e oferecer à imprensa essas duas diferentes temperaturas, a ABNT haveria de ser avisada.
Eu estar errado é uma coisa absolutamente natural, entretanto gostaria de saber. Gostaria nada, vamos colocar isso de uma forma positiva. Desejo saber se alguém consegue me responder isso.
Respondido convincentemente, darei a mão a palmatória, enfio a viola no saco e peço perdão oficial aqui mesmo na Moita.
Uma outra coisa irritante, é que já existem professores (não sei a que preço) dizendo que o repórter também pode dizer: “não corre risco de morte”. Outra aberração, assassinato da lógica de qualquer língua. Não só do português.
A morte não corre risco algum. Nem em português, nem em inglês, nem em língua alguma de continente nenhum. A vida é quem corre risco.
O repórter pode até dizer: não corre risco de morrer. Mas nunca: “não corre risco de morte”.
Proibiria se fosse dono. Mas como não sou dono de nada. Fico somente rindo quando vejo a ignorância campear. rss