Desânimo do Eleitor
Vejo com apreensão que se estabeleceu um desânimo acentuado, uma apatia epidêmica do eleitor e, por incrível que pareça, do eleitor mais esclarecido e/ou medianamente esclarecido.
Apreensão e muito mais preocupação, haja vista, que se o eleitor perde o ânimo de cidadania e passa a evitar e ou rejeitar a discussão política e especial e principalmente o voto, o que lhe restará?
Tenho visto muita gente boa, dizendo: votar é trabalho perdido; votar é um tédio; votar é um desprazer; vou à praia e justificarei meu voto; vou votar em branco, nulo.
Sem o voto, fico imaginando o que lhe sobrará?
A revolução armada para o estabelecimento de uma ditadura, de “bombordo” ou de “estibordo” onde não teremos o “desprazer” de exercer o voto? E seríamos pau mandado pro que der e vier por forças armadas truculentas? Seria ótimo?
Ou seria correto buscarmos a anarquia, onde não teríamos o “desprazer” de votar e nem, tão pouco, governo, forças armadas, forças policiais? Seríamos governados pelo bom senso de todos e de cada um? Seria, igualmente, ótimo?
Existem outras modalidades de sociedade que dispensa os seus habitantes do “desprazer” do voto. Mas seria encompridar demais este artigo.
A todos os que estão desgostosos com a política, políticos, com o desprazer de votar, e também aos que dizem que nem devemos gastar tempo com politica, eu pergunto: O que devemos realmente e com os pés no chão, escolher para evitarmos essa apatia, desânimo e principalmente o “desprazer” do voto ou da escolha?
O que seria mesmo?