A MOITA DO MOITA

A MOITA DO MOITA

Eu só não quero é ter remorso.

28 outubro 2010

Desânimo do Eleitor

Vejo com apreensão que se estabeleceu um desânimo acentuado, uma apatia epidêmica do eleitor e, por incrível que pareça, do eleitor mais esclarecido e/ou medianamente esclarecido.

Apreensão e muito mais preocupação, haja vista, que se o eleitor perde o ânimo de cidadania e passa a evitar e ou rejeitar a discussão política e especial e principalmente o voto, o que lhe restará?

Tenho visto muita gente boa, dizendo: votar é trabalho perdido; votar é um tédio; votar é um desprazer; vou à praia e justificarei meu voto; vou votar em branco, nulo.

Sem o voto, fico imaginando o que lhe sobrará?

A revolução armada para o estabelecimento de uma ditadura, de “bombordo” ou de “estibordo” onde não teremos o “desprazer” de exercer o voto? E seríamos pau mandado pro que der e vier por forças armadas truculentas? Seria ótimo?

Ou seria correto buscarmos a anarquia, onde não teríamos o “desprazer” de votar e nem, tão pouco, governo, forças armadas, forças policiais? Seríamos governados pelo bom senso de todos e de cada um? Seria, igualmente, ótimo?

Existem outras modalidades de sociedade que dispensa os seus habitantes do “desprazer” do voto. Mas seria encompridar demais este artigo.

A todos os que estão desgostosos com a política, políticos, com o desprazer de votar, e também aos que dizem que nem devemos gastar tempo com politica, eu pergunto: O que devemos realmente e com os pés no chão, escolher para evitarmos essa apatia, desânimo e principalmente o “desprazer” do voto ou da escolha?

O que seria mesmo?

25 outubro 2010

Não acredito que Lula tenha cultura nem pra ter conhecido a história de Francisco Heráclito do Rego, seu conterrâneo de Limoeiro – PE.

Mas mesmo assim o está imitando. O Coronel Chico Heráclito costuma dizer aos seus amigos no Recife: “é muito melhor mandar no prefeito do que ser o prefeito de Limoeiro”. “Não tenho que me expor em campanhas eleitorais, nem ser chamado disso ou daquilo, boto lá qualquer pau mandado e depois quem mandará sou eu mesmo. Pronto e acabou-se”

Tenho a impressão que Lula está chegando a essa conclusão. Talvez nem volte depois de Dilma, se ela for eleita. Está descobrindo ou descobrirá que, com o eleitor que temos, ele será o “Coronel” sem ter que se expor em campanhas eleitorais ou eleitoreiras como está sendo esta.

Limoeiro ia disputar uma partida de futebol com Garanhuns. Todos de pé esperando a entrada do Coronel antecedido por um fortão levando a cadeira de balanço pro Coronel Chico Heráclito assistir ao jogo, confortavelmente. Logo se saída o árbitro marca um pênalti contra Limoeiro. Tumulto. Correm todos para bater no juiz. Desesperado ele corre e cai quase debaixo da “preguiçosa” do Coronel que levanta a bengala e param todos.
- Qual é o problema, seu juiz?
- Marquei um pênalti contra Limoeiro e deu nisso, Coronel. E agora querem me desmoralizar.

- O senhor não será desmoralizado. Vai bater o seu pênalti, só que a favor de Limoeiro. Limoeiro ganhou de 1 x 0. O Coronel Chico Heráclito aplaudido a La Pavarotti. rss

Lula pode até ganhar de 10 x 0. Dessa forma e com o aval de muita gente boa. rss

Parei. Não falarei mais sobre eleições. Poderei falar sobre lei. rss

"A lei é como uma cerca - quando é forte a gente passa
por baixo; quando é fraca a gente passa por cima." (cat: Lei)

Coronel Chico Heráclio.

"No Brasil, a justiça é singular. E a corrupção é plural."

Coronel Chico Heráclito.

Dito e feito tudo isso em 1954. É triste. Vai se repetir.

11 outubro 2010

A candidata do PT já criou uma “Catilinária” sobre as privatizações do FHC. E pelo andar da carruagem ela vai continuar com isso até o fim do programa eleitoral.

Este será um debate que haverá de ser enfrentado pelo candidato da oposição.
Ela montou-se nisso porque sentiu que a maioria dos brasileiros de pouca instrução acha que estatizar é criar uma poupança própria, nacional, minha! Ledo engano.

As nações ricas e civilizadas do mundo praticamente não têm empresas estatais. Agora nações pobres e/ou de povo pobre como Cuba, por exemplo, tem todas as empresas estatizadas.

Eu não preciso de uma Petrobras estatizada e minha; eu preciso é de combustível abundante e barato, nos postos.

Eu não preciso de uma Eletrobrás nacionalizada e minha; eu preciso é de energia barata e farta pra hoje e para atender aos meus planos de expansão.

Eu não preciso dos Correios estatizados e meus; eu preciso é de que minhas remessas estejam sob a tríade da confidencialidade, rapidez e custos baixos. E assim por diante com telefonia, siderurgia, mineração e o prudente etc.

Isto tudo, Além de fomentar a livre concorrência que só beneficia ao usuário, ainda cria a busca diuturna pela eficácia que passa diretamente pelo já consagrado padrão ético de conduta moral das GRANDES empresas privadas.

Já o nosso amado Correio, passou por vexames, que emporcalharam a sua bela história de ser a estatal mais eficaz desse país.

Está mais do que provado, no mundo inteiro, que empresas estatais são menos eficazes que as empresas privadas, mas a Candidata do PT está certa ao operar em cima da ignorância do eleitorado pouquíssimo esclarecido e/ou do ranço nacionalista de certa “intelectualidade” burra.

Dá-me pena de ver a inversão. Ou seja: ver o ineficaz como argumento de convencimento sobrepujar a eficácia, em nome de um nacionalismo emburrecido por ideologias fracassadas e, por conseqüência, ultrapassadas.

Todo nacionalista histérico é desinteligente. Todo comunista histérico é desinteligente, igualmente.

O Oscar Niemeyer é desinteligente. Sei que serei crucificado por esta última frase, mas o Oscar pode ser super inteligente em arquitetura, mas não é inteligente na inteligência social.

Sabemos que existem vários tipos de inteligências. Tem até a inteligência emocional! rsss

O comunista tenta nivelar as pessoas e somente consegue nivelá-las por baixo. Foi assim no mundo inteiro que o adotou. Errou porque quis nivelar talentos e habilidades. Nunca! Um mecânico capaz de tornear um virabrequim se conformará em ganhar igual a outro que aperta porca com martelo e talhadeira.

Talvez “nunca na história dessepaiz” alguém tenha chamado Oscar Niemeyer de burro. Pois bem, eu acabei de fazer isso.

Já disse; ta dito.
Mas estatizações? Não.

E tem mais. Eu estar errado é muitíssimo natural.