É preciso reestatizar o Estado

Ouvi o Armínio Fraga dizer: “É preciso reestatizar o estado”.

A princípio, entendi mal. O Armínio está pregando estatização?
Depois ouvi melhor, pensei melhor e acrescento.

O que é do Estado deve pertencer ao Estado. O que vemos hoje é que o que pertence ao Estado está pertencendo a um Partido, o PT ou está a sua disposição.

Vamos começar pelo mais grave. A diplomacia, o Itamaraty.

A diplomacia tem a obrigação de pertencer ao Estado, mas o que vemos é o PT gerindo e se adonando da nossa diplomacia, que tradicionalmente se regeu pela paz e pela não intervenção, levando-a a tomar atitudes extremamente ideológicas.

Veja dois exemplos.

a) – O Ministro Tarso Genro, comunista de carteirinha, repatriou com uma velocidade incrível e suspeitável atletas cubanos, cidadãos de bem, exemplos para a juventude, que queriam ficar aqui. Por quê? Porque foi Fidel que pediu. O caso foi tão sumário que nem chegou à justiça, calcule ao Supremo. Cadê o Itamaraty? Cadê o Estado.

a.1) – O Ministro Tarso Genro, comunista de carteirinha, concedeu, com uma velocidade incrível e suspeitável asilo e condições de refugiado político a um meliante comum que alega ser radical político comunista e contra o regime oficial italiano, o tal de Cesare Battisti.

b) – A “Política de Não Intervenção” não suprime a obrigação do Brasil a se contrapor a regimes totalitários, regimes que neguem a constituição interna, direitos civis de um povo e/ou que pratiquem atos desumanos como extinção de etnias e supressão das liberdades estabelecidas pelo código de direitos humanos da ONU, como liberdade de imprensa, de ir e vir e etc.

b.1) – O Brasil apóia Chaves, Morales, Zelaya, incondicionalmente, mesmo sabendo que eles contrariam todos os princípios do que falei no item ”b”.

O caso do Zelaya é flagrante. A constituição daquele país diz claramente que qualquer tentativa de reeleição é crime e a punição é perda do cargo, direitos políticos eliminados e cadeia. E ele tentou mudar a lei pra se reeleger. Como há um apoio popular muito grande, os opositores tentam negociar, mas a rigor: para o criminoso, cadeia.

Se a constituição deles foi mal feita, problema deles. É, exatamente, nessas horas que devemos por em prática a Política da Não Intervenção.

Outro exemplo de apropriação do Estado é a Petrobras, cuja maioria das ações pertence ao Estado, hoje, temos dúvida sobre a quem pertence.

Totalmente aparelhada com petistas de carteirinha, onde aloprados do partido jogam com informações confidenciais, como as descobertas de campos petrolíferos beneficiando especuladores no mercado financeiro. Suspeitamente ainda diz: “não sei nem onde fica a bolsa de valores” Ora! Convenhamos.

O Lula anunciou que ficamos auto-suficientes em petróleo.
E continuamos pagando a gasolina mais cara do mundo, inclusive mais cara do que países que nem produzem petróleo. Para que me serve isso? Ser auto-suficiente?

Tem mais, a auto-suficiência é enganação. A Balança comercial dessa commodity nunca foi positiva um mês sequer.

Sinto muito, mas o Estado tem que pertencer ao Estado. E não ao governo e muito menos ao partido.

As últimas vezes que vimos o Estado pertencer a um partido, nós vimos a Alemanha pertencer ao Nazismo, a Rússia pertencer a Nomenklatura Comunista e Cuba pertencer a Fidel.

Nenhum se deu bem e o povo se deu muito pior.