A MOITA DO MOITA

A MOITA DO MOITA

Eu só não quero é ter remorso.

22 outubro 2008

Você é branco? Cuide-se

Hoje, tenho eu a impressão de que o cidadão comum e branco é agressivamente discriminado pelas autoridades e pela legislação infraconstitucional, a favor de outros cidadãos, desde que sejam índios, afro descendentes, homossexuais ou se auto-declarem pertencentes a minorias submetidas a possíveis preconceitos.

Assim é que, se um branco, um índio ou um afro descendente tiverem a mesma nota em um vestibular, pouco acima da linha de corte para ingresso nas Universidades e as vagas forem limitadas, o branco será excluído, de imediato, a favor de um deles. Em igualdade de condições, o branco é um cidadão inferior e deve ser discriminado, apesar da Lei Maior.

Os índios, que pela Constituição (art. 231) só deveriam ter direito às terras que ocupassem em 5 de outubro de 1988, por lei infraconstitucional passaram a ter direito a terras que ocuparam no passado. Menos de meio milhão de índios brasileiros - não contando os argentinos, bolivianos, paraguaios, uruguaios que pretendem ser beneficiados também - passaram a ser donos de 15% do território nacional, enquanto os outros 183 milhões de habitantes dispõem apenas de 85% dele. Nesta exegese equivocada da Lei Suprema, todos os brasileiros não índios foram discriminados.

Aos "quilombolas", que deveriam ser apenas os descendentes dos participantes de quilombos, e não os afros descendentes em geral, que vivem em torno daquelas antigas comunidades, tem sido destinada, também, parcela de território consideravelmente maior do que a Constituição permite (art. 68 ADCT), em clara discriminação ao cidadão que não se enquadra nesse conceito.

Os homossexuais obtiveram, do Presidente Lula e da Ministra Dilma Roussef, o direito de ter um congresso financiado por dinheiro público, para realçar as suas tendências, algo que um cidadão comum jamais conseguiria.

Os invasores de terras (MST e outros movimentos congêneres), que violentam, diariamente, a Constituição, vão passar a ter aposentadoria, num reconhecimento explícito de que o governo considera mais que legítima, meritória, a conduta consistente em agredir o direito. Trata-se de clara discriminação em relação ao cidadão comum, desempregado, que não tem este “privilégio”, porque cumpre a lei.

Desertores e assassinos que no passado participaram da guerrilha, garantem a seus descendentes polpudas indenizações, pagas pelos contribuintes brasileiros. Está hoje em torno de 4 bilhões de reais o que é retirado dos pagadores de tributos para “ressarcir” àqueles que resolveram pegar em armas contra o governo militar ou se disseram perseguidos.

E são tantas as discriminações, que é de se perguntar: de que vale o inciso IV do art. 3º da Lei Suprema? Como modesto advogado, cidadão comum e branco, sinto-me discriminado e cada vez com menos espaço, nesta terra de castas e privilégios.

Ives Gandra

14 outubro 2008

No meu ponto de vista é escandaloso, mas eu posso está errado. Aliás, eu está errado é muitíssimo natural.

Ponto 1 – Os fundos de ações eram corrigidos, se não me engano, tomando-se a média entre os valores da máxima, da mínima e do fechamento do dia mais a mesma média do dia anterior.

Exemplo, o Fundo Vale era: {[(Máxima + Mínima + Fechamento da Vale3) divido por 3] , multiplicado pelo percentual de participação da Vale3 no fundo}.

+

{[(Máxima + Mínima + Fechamento da Vale5) divido por 3] , multiplicado pelo percentual de participação da Vale5 no fundo} E dividido por 2.

O que evitava especulação por levar em conta a flutuação, mesmo que especulativa durante todo o expediente do pregão.

Agora, esses fundos, são corrigidos apenas pela média de fechamento das cotações da Vale3 e da Vale5 e, naturalmente levando em consideração as médias do dia anterior.

Argumentando:

Ponto 1 - Existe um valor muito alto aplicado nos fundos de ações, administrados pelos Bancos e invejados pelas Corretoras.

Ponto 2 – Basta, as corretoras se combinarem para, no último minuto do pregão ou do After Market, vender e comprar um lote mínino de ações do papel que tiver maior participação no fundo para minimizar sobremaneira os rendimentos dos fundos, desmoralizando-os.

Ponto 3 – Desmoralizados os fundos, esse capital de aplicadores em renda variável migrará, invariavelmente, para as corretoras.

Ponto 4 – A população menos privilegiada nunca poderá experimentar o aprendizado de trabalhar com renda variável.

Ponto 4 – Todos os países desenvolvidos têm a maioria da sua população trabalhando no mercado de capital aberto e com isso capitalizando as suas empresas.

Ponto 5 – Não será por causa dessa crise que deveríamos privar o povo brasileiro de experimentar e se aperfeiçoar nesse mercado.

Ponto final – Acredito que essa nova metodologia esteja manipulando, com clareza solar, os rendimentos dos fundos de ações.

Não peço que acredite em mim, mas consulte seus melhores assessores e economistas conhecidos e descubra onde se pode melhorar essa prática ou coibi-la e mande emails pros seus amigos Senadores e Deputados.

02 outubro 2008

Lula brinca com fogo

Quando começou a crise americana, Lula costumava, em tom zombeteiro, dizer frases embriagadas, tipo. “Crise? Que crise? O Brasil está blindado”.
“Os americanos criaram a crise, então eles que se lixem e resolvam”.
“Crise? Pergunte pro Bush”.

Quando digo que ele brinca com fogo, estou errado, na verdade, ele brinca com a sua própria ignorância. Ou seria? Ele brinca porque é ignorante.

A minha mãe, uma respeitável dona de casa de 76 anos, que nunca se meteu em negócios, disse-me: “Você ta prestando atenção nessa crise americana? Você não se lembra, mas meu pai quebrou porque, em 1955, os americanos deixaram de comprar nossa cera de carnaúba com a qual se fazia disco de vitrola”. “Tome cuidado”.

Devo dizer que os americanos têm “quase” toda culpa nisso tudo, especialmente o FMI que, é “quase” americano e que sempre se arvorou a dar receitas rígidas, controlar e fiscalizar os “incompetentes” latinos americanos que lhe pediam ajuda, e achando que americanos fazem sempre tudo certo, esqueceu de lhes ensinar a fazer investimento. Controlar e fiscalizar, o FMI nem pode, porque eles não lhe devem nada. O fato é que tudo acabou nessa baderna.

Agora, diante dessa minha confissão, especialmente íntima, você seria capaz de saber as razões que motivaram Lula, no inicio da crise, a falar tanta besteira? Será que o meu terceiro parágrafo está correto? Foi por ignorância? Não. Acho que foi por cafajestagem.

Avizinhava-se um ano eleitoral. A crise teria um desdobramento de médio a longo prazo. O Brasil, sem dúvida, está um pouco mais imune, é verdade. Porém culpar o regime liberal dos Estados Unidos seria muito oportuno, adequado e conveniente para as aspirações ditatoriais do “Partidão”, além de engrossar fileiras com os “quase” ditadores vizinhos, mantendo o estilão democrático, pouco barulhento e ainda por cima, continuar figurando entre os considerados civilizados governantes da America do Sul.

Depois que sentiu a gravidade da sua omissão, aparece Lula na TV com ares de Frade Beneditino, em mais um gesto cabotino de enganação, tentando parecer que NUNCA havia falado e que NADA havia dito ao contrário.

Caberia a um governante sério alertar a população do seu país quanto à gravidade da crise e suas conseqüências, bem como orientá-la a dela se defender.

O resumo dessa ópera é que Lula foi irresponsável, eleitoreiro e cafajeste. Sabia, como até a minha mãe, que quando a economia americana espirra, provoca resfriado no mundo inteiro.