Consciência negra e as contradições mundanas
Temos uma descriminação praticamente inerente à cultura brasileira, quase natural.
Dizemos sem perceber:
"a coisa ta preta".
"Hoje é dia de branco", referindo-se ao trabalho. Sugere que só branco trabalha.
"A situação preteou."
"ele é um preto de alma branca"
Descriminamos o preto cotidianamente e diuturnamente.
Agora, criarmos um feriado: o dia da consciência negra. Parece-me coisa do PT.
Porque eu preciso do dia da consciência branca? da fome? da pobreza? da miséria? da vergonha? pelos roubos cometidos pelo partido do governo e aliados?
Isso parece o Movimento dos Sem Terras. Cadê o Movimento dos Sem Bancos? Onde anda o Movimento dos Sem Farmácias? Desapareceu o Movimento dos Sem Postos de Gasolina.
Que país é esse? Que não dá direito a propriedade. A propriedade que fez esse país, a partir das Capitanias Hereditárias, que era o único jeito de se povoar uma colônia, com a dimensão que tem hoje.
É muito comum se fazer diagnóstico extemporâneo, e sem o menor escrúpulo, condenar os artífices e figurantes daquelas épocas, Sem levar em conta a regras e leis que ali vigoravam.
Os piratas, até hoje são condenados. Mas quais eram as leis no século 15 e 16 que proibiam a pirataria? Nenhuma!
Por que a lei áurea, que extinguiu a escravidão do Brasil, foi obedecida? Se nunca houve uma lei que a permitisse.
Bem, o resumo dessa ópera é que enquanto temos feriado aqui, a bolsa de Nova York abre e fatalmente nos trará prejuízos pela nossa preguiça.
Essa consciência negra está enegrecendo a minha consciência.