A MOITA DO MOITA

A MOITA DO MOITA

Eu só não quero é ter remorso.

28 fevereiro 2006

Babel, confusão, qüiproquó

Santa disse...
Moita querido, em homenagem ao seu post, selecionei este pedacinho do artigo "Torre de Babel", publicado em março de 2004, nos jornais O Globo, Folha de S. Paulo, Zero Hora e Correio Brasiliense:

“Na narrativa bíblica da Torre de Babel, o castigo dos pretensiosos e incapazes é sua própria ruína, por passarem a falar línguas diferentes. No governo Lula - arrogante, auto-suficiente, desprezando as lições da História e pretendendo-se portador único da verdade e da mudança - o castigo é gerir um governo mentiroso e conservador, paralisado, incapaz de entender a si mesmo, pois ele é a própria incoerência. A população, porém, está começando a entender o que se passa. E, quem sabe, acabará por condenar os pretensiosos da babel petista a não serem, jamais, ouvidos outra vez pelo povo brasileiro”.
Leonel Brizola
Presidente Nacional do PDT
(25.03.04).

Em homenagem a Santa e ao Brizola, com sua Torre de Babel, tive a pretenção de escrever um Livro que conta a história do PT.

Titulo: O Qüiproquó Literário do PT
Estilo: Tragicomédia Sênior-infanto-juvenil.
Editora: Revolta Popular
Autor: Moita
Personagens: Abaixo

Lembrei Miguel de Cervantes,
vendo como o PT dança.
Dirceu fazendo besteira.
Lula fazendo lambança.
Mercadante, o Dom Quixote
e a Ideli, o Sancho Pança.

Greenhaugh, o Herlock Sholmes. (ih!).
O Waldomiro, o Navalha.
O Suplicy, o Pateta
para compor a PeTralha.
O Dirceu é o Lobo Mau.
Delubio, um irmão Metralha.

O Palocci é o Coringa.
O Burati é o Charada.
Valério é o Papa Léguas. (Ta em todo lugar)
O Poleto é o Qualhada.
Lula é João Grilo e Chicó. (simultaneamente)
Ta composto o Qüiproquó,
comédia da PeTralhada.

26 fevereiro 2006

Lula, o infalível


Não ler, não se concentra, não presta atenção a nada, nem nas reuniões importantes porque acha que já sabe tudo.

A primeira característica de quem é, ao mesmo tempo, arrogante, estúpido e mau, é achar que sabe tudo, que não precisa aprender mais nada, achar que nunca está errado e sempre jogar as suas culpas nos outros.

Ele botou culpa nos empresários por ele manter juros altos. “Vão aprender a vender e deixem de chorar”.

E pelos mesmos juros altos, culpou, vejam só!, o povo que não tirava o traseiro da poltrona para procurar pechinchar juros menores de banco em banco. Como se o portfólio de créditos não fosse mais ou menos cartelizados.

Jogou a culpa nos fazendeiros, pelo surto de febre aftosa. Quando, na verdade, financiou a vacinação de todo o rebanho paraguaio e esqueceu o nosso.

"Vão ter que pedir desculpas a mim, no final do meu governo"
“É difícil achar algum erro num governo que acerta tanto”. Disse ele.

Ou seja, ele se enquadra, perfeitamente com o que falei no início.

Presunção e arrogância,
despreparo e maldade,
burrice e ignorância,
descalabro, improbidade,
desaforo, extravagância,
petulância e vaidade.

MOITA

23 fevereiro 2006

Políticos através dos tempos

José Cavalcanti, (1918 -1994) político Paraibano, Prefeito, Deputado, era muito engraçado e sarcástico. Deixou a política e passou a relatar as suas entranhas, escrevendo sobre ela.

Escrevera muitos livros entre eles, Potocas, piadas e pilhérias; Casca e nó; Sem peia e sem cabresto; Bicho do cão; Gaveta de sapateiro; Bisaco de cego; Quengada de matuto; Papo furado; Espalha brasas; Rabo cheio; Caga-fogo; Busca-pé; Um setentão; e outros tantos.

Membro da Academia Paraibana de Letras.

Essas são de 1969, porem super atuais:

Numa eleição, primeiro aparecem as dúvidas, depois as dívidas.

Político pobre é como mamoeiro: quando dá muito dá duas safras.

Um político na sela e um eleitor na garupa, o cavalo é do eleitor.

Eleitor de político pobre é como eco: responde, mas não vem.

Político pobre é como jabuti: tem as pernas curtas.

A mula é um animal que deve se sentir ofendida quando a comparam com certos políticos.

Político é um mentiroso inventor; registra patente de tudo que imagina.

Político pra ficar ruim, ainda precisa melhorar muito.

Político não mente: inventa a verdade.

Político pensa uma coisa, diz outra, e faz o contrário.

Quando o político diz que tem dúvidas sobre uma coisa, no íntimo já tem certeza.

A política é cega: o seu guia é o interesse.

A Ambição política é como tosse: ninguém consegue escondê-la.

O triste na política é pensar que o amigo está lhe traindo, e ver que está mesmo.

Político é um sujeito hábil que nunca falha na solução de um caso, se o caso é dele.

Político sabido é o que vende os correligionários e compra os adversários.

O político sempre deixa pra amanhã o que promete hoje.

Quando dois políticos confabulam e negociam, um terceiro será vítima.

Deputado é um sujeito que adora discussão, mesmo sem saber o que discute.

Político é como mandacaru: nem dá sombra nem encosto.

Quem faz política é como quem amassa barro: não tem medo de respingos de lama.

Quem faz política é como quem atira no vôo: só aperta o gatilho na hora certa.

Em política não se tem alternativa: ou engana ou será enganado.

A reeleição é mais uma oportunidade que o povo dá ao político para ele errar de novo.

Política também é uma religião: o poder é o paraíso, a oposição o purgatório e o ostracismo, o inferno.

Governo é como dono de roleta: todos torcem contra ele.

Político é como gato: pede miando e come rosnando.

Governo não faz saneamento básico, porque esgoto é como erro de médico: a terra esconde.

Político, em campanha, é como taxista: se oferece sem ser chamado.

Político é como vendedor de fumo em corda: mede comprido e corta curto.

Bajulação é como moeda falsa: compromete tanto quem a dá como quem a recebe.

Político é como relógio: uns adiantam, outros atrasam, poucos regulam.

A vaidade política é como água salgada: quanto mais se bebe, mais aumenta a sede.

A vaidade é uma inflação do eu.

A inflação é um elevador ao contrario; o edifício é quem desce.

Com inflação alta o povo vive como rato em casa de ferragem.

A criação de emprego é um ótimo calmante pra se baixar a inflação.

O governo pode destinar o dinheiro para investimento ou para propaganda: com o primeiro ele conquista obras para o povo, com a segunda ele conquista povo para o governo.

Em política, a lisonja é como labareda: destrói a quem abraça.

Oposição é como pedra de amolar: afia, mas não corta.

Democracia sem oposição é como casa sem mulher: nela, vive-se triste.

Quem perde eleição é como quem apanha da mulher: não presta queixa a ninguém.

Oposição deve ser tratada como grama de jardim: tem o direito de viver, mas não pode crescer.

Comentário:

Nicolau Maquiavel, nasceu em 1469.
Gregório de matos, 1623.
Zé Cavalcanti, 1918.
Todos descreveram sobre como agem os políticos
ou como deveriam agir.
Estamos em 2006.
Acho que está tudo igual.
A mesma malandragem.
Haverá esperança?

22 fevereiro 2006

Corrente dos acorrentados

O mui amigo Carlos do Blog Eu Odeio Lula me passou a corrente do boicote às empresas que ajudam ou ajudaram o Lula, pelo menos, foi o que entendi.

Pelo que já li nos Blogs anteriores, a corrente acabou, pois já citaram todas. Vou boicotar os que são contra a transposição de vazões do Rio São Francisco.

Vinícius Factum disse...
Comentando o post abaixo, “que Elba Ramalho cancelou um show ao saber que havia um movimento em João Pessoa (terra dela) para vaiá-la, já que ela é contra a transposição”.

Convenhamos, o quê diabo, a Elba Ramalho entende de transposição de vazão? Ta contra pra tentar aparecer e voltar à mídia, da qual está afastada há algum tempo.
-Não comprem seus discos.

ACM é contra por motivos parecidos aos de Elba.
Alem de não entender nada, ele ainda achar que o São Francisco é baiano, e como não dá nada a ninguém, é contra.

-Carlos, sugiro fazer campanha aí na Bahia pra não se votar nele.

Apesar da urgência e importância da transposição de vazão do São Francisco para mais ou menos 23 milhões de sertanejos do Norte do Nordeste, devemos votar num candidato que tenha condições de derrotar Lula, para podermos fazer a transposição.

Se ela for feita num governo Lula, eles criarão o “Franciscoduto” e ponha “duto” nisso porque a grana é alta. Pronto. Acabou.

Aproveitando o ensejo é bom esclarecer alguns pontos sobre a transposição:

- Ela não será uma mudança do leito original do São Francisco, como tem muita gente boa pensando.

- O bombeamento para a Região Norte do Nordeste não será contínuo e nem tem por objetivo, a irrigação.

-Será bombeada apenas nos anos ou períodos de secas, quando os reservatórios desta região estiverem com volumes insuficientes e/ou com água imprópria pro consumo humano e animal.

- A partir dos reservatórios já existentes no Norte do Nordeste, garantidos com a agua da transposição, serão feitas adutoras que levarão água via tubulações de forma permanente e definitiva a todas as cidades hoje necessitadas.

Bem, pelo menos, este é o plano apresentado pelo comitê técnico.

Obs: Algumas adutoras já existem e são muito mais baratas e eficientes do que se fazer um açude em cada cidade, até porque tem cidades/regiões que nem existem bacias adequadas a se fazerem açudes e mesmos açudes pequenos em pequenas bacias, secam nos períodos de estiagem. É dinheiro perdido.

- A transposição não é uma idéia nascida hoje, ela remonta a meados do século passado e vem sendo estudada e aperfeiçoada por grandes engenheiros e engenheiros agrônomos como Guimarães Duque e Vasconcelos Sobrinho e inclusive com estudos de transposição ou interligação de bacias do Tocantins com o São Francisco e com o Norte do Nordeste.

Transposição de vazões e/ou interligações de bacias, existem há tempos, eu já vi tanto nos Estados Unidos, como na Armênia, países tão diferentes em clima e ideologias políticas.

Bem, eu vou tentar. A próxima vítima será o meu amigo PeTista Jean Scharlau. Eu vou morrer de rir.

21 fevereiro 2006

Transposição do Rio São Francisco

Hoje voltou-se a falar na transposição, todas as matérias jornalísticas, que eu li, falam: “de controvérsia ambiental”.

Não há nada de controvérsia ambiental.

O rio é o talvegue, expressão que define a área mais baixa de uma região. Onde todas as águas, obrigatoriamente têm que passar.

As águas que se infiltram em toda a bacia de um rio, que não são evaporadas ou absorvidas por plantas e animais, retornam ao rio, ou superficialmente ou por percolação ou lixiviamento e o rio as empurra pro mar.

O mar é salgado, não porque um navio carregado de sal, nele afundou, como me ensinou a minha bisavó. Mas, porque ele não deságua pra lugar nenhum. Só evapora. O vapor d’água não carreia o sal. Esse fica.

E é por isso que o mar é salgado. E os rios são os drenos naturais e de dessalinização de uma região.

Com a transposição, o São Francisco não deixará de ser esse dreno, apenas drenará e dessalinizará outras regiões, além de levar agua doce a regiões onde, durante longos períodos, não existe.

O que tem que ser feito é a sua revitalização: dragagem, em alguns pontos e refazer as matas ciliares em suas margens e afluentes.

A idéia de se construir barragens sucessivas, na mesma bacia, com o objetivo de reter o excesso d’água superficial e subterrâneo, na época das chuvas que correm para o mar, é igualmente, equivocada.

Deve-se, em qualquer circunstancia, deixar que, pelo menos, dois terços da recorrência de chuvas flua sobre toda extensão da bacia até o mar. Para mantê-la dessalinizada. Sob pena de o efeito mar recair sobre todas as barragens, a começar da mais próxima da foz.

Acontece que as propriedades rurais têm donos.
Acontece que as propriedades rurais, normalmente, se limitam através de rios. Rios que são os formadores de bacias. Portanto as bacias têm donos.

As leis que existem não são aplicadas e não proíbem que cada dono daquela bacia construa um açude. Se todos podem e constroem, a água não chegará ao mar. E aí, de novo, teremos o efeito mar recaindo em cada um dos açudes, a começar pelos que menos transbordam que são os ultimos novamente.

É preciso que aprendamos com a NATUREZA. Agora, se não sabemos, é melhor ficarmos calado. E não inventar nada.

Eu desejo rogar uma praga aos ditos ambientalistas, verdes, histéricos e a todos os que são contra a transposição do São Francisco. Tomara que a sua casa, a sua cidade e toda a sua região fique sem agua potável por um mês só. Só quero 1 mês.

Quando leio sobre a transposição
do famoso Rio São Francisco,
muita gente avalia o seu risco
com aparente acuidade e precisão

Teorias absurdas surgirão
dos verdes e histéricos ambientais,
jornalistas opinando, é demais!
Fomentando tremenda confusão

O que se passa, de fato, é leviano.
A imprensa irresponsável ou por engano,
deixando a população atoleimada

É que sempre apareça um abelhudo.
O jornalista fala sobre quase tudo,
mas entende quase tudo sobre nada.

Moita

20 fevereiro 2006

FRASES PUBLICADAS EM ALGUNS JORNAIS

por jornalistas da nova geração

1. "A nova terapia traz esperanças a todos os que morrem de câncer a cada ano.”.
(Na cova?) - Jornal do Brasil.

2. “Apesar da meteorologia estar em greve, o tempo esfriou ontem, intensamente."
(O frio não estava filiado ao sindicato grevista) - O GLOBO

3. "Os sete artistas compõem um trio de talento.”.
(Hã?) - EXTRA

4. "A vítima foi estrangulada a golpes de facão."
(uma nova modalidade de estrangulamento) - O DIA

5. "Os nossos leitores nos desculparão por esse erro indesculpável."
(De modo algum!) - O GLOBO.

6. "No corredor do hospital psiquiátrico os doentes corriam como loucos."
(naturalmente....) - O DIA.

7. "Ela contraiu a doença na época que ainda estava viva."
(Jura?) - JORNAL DO BRASIL.

8. "Parece que ela foi morta pelo seu assassino."
(Não diga!) - EXTRA.

9. "Ferido no joelho, ele perdeu a cabeça."
(Espera, onde foi o machucado mesmo?) - O DIA.

10. "O acidente foi no triste e célebre Retângulo das Bermudas."
(Ué! Mas até ontem era um triângulo!) - EXTRA.

11. "O tribunal, após breve deliberação, foi condenado a um mês de prisão."
(E será que ele tem cela especial?) - O DIA.

12. "O velho reformado, antes de apertar o pescoço da mulher até a morte, se suicidou."
(Seria a volta dos mortos- vivos?) - O DIA.

13. "A polícia e a justiça são as duas mãos de um mesmo braço."
(Que aberração!) - EXTRA.

4. "Depois de algum tempo, a água corrente foi instalada no cemitério, para a satisfação dos habitantes."
(não tomavam banho há anos) - JORNAL DO BRASIL

15. "Há muitos redatores que, para quem veio do nada, são muito fiéis às suas origens."
(Do pó ao pó...) - O GLOBO.

16. "O aumento do desemprego foi de 0% em novembro."
(Aumento, graças a Lula).

17. "O presidente de honra é um jovem septuagenário de 81 anos."
(Pera aí, tem 81 ou tem 71 ...adolescente!)

18. "Quatro hectares de trigo foram queimados. A princípio, trata-se de um incêndio."
(Ah, bom achei que fosse uma churrascada!).

19. "Na chegada da polícia, o cadáver se encontrava rigorosamente imóvel."
(Viu como ele é disciplinado?).

20. "O cadáver foi encontrado morto dentro do carro."
(Sem Comentários)

21. "Prefeito de interior vai dormir bem, e acorda morto."
(Deve ter sido um espanto!).

19 fevereiro 2006

Escarrado e cuspido

Alexandre disse...
Muito bom!
Aguardo ansioso as demais curiosidades da cultura popular. Aproveito para deixar uma sugestão, sem cometer a irreverência da antecipação: que tal nos explicar o significado da expressão utilizada para as comparações – “cuspido e escarrado”.


Amigo Alexandre, o povo ainda usa outras variações dessa expressão que você relembrou, inclusive o inverso, tais como: “escarrado e cuspido” e “cagado e cuspido” para comparar duas pessoas muito parecidas.

O Mestre Cascudo explicava que a expressão, de fato, é “encarnado e esculpido”, Ex: “Fulano é o pai, encarnado e esculpido”. Mas que por ignorância e/ou corruptela, virou essas outras todas que conhecemos.

17 fevereiro 2006

"Aí são outros quinhentos" Homenagem a Câmara Cascudo

Nesta data importante para Câmara Cascudo, desejo homenageá-lo, contando uma das muitíssimas lições que fui aprender com ele. (apesar de ser do conhecimento de todos)

Quando eu era adolescente adorava visitar, em sua casa aqui em Natal, o extraordinário e único Luiz da Câmara Cascudo, que sempre nos recebia com simplicidade e visível prazer.

O meu objetivo, nessas visitas, era também único: perguntar de onde havia surgido essa ou aquela expressão popular.

Ele, pacientemente respondia a todas, embora nunca de forma resumida, mas com uma clareza solar.
Um dia lhe perguntei como havia surgido a expressão “Aí são outros quinhentos”.

Ele contou que um malandro baiano que havia se ausentado de uma cidade voltou à terra natal depois de alguns anos.

Foi à missa, e na hora do sermão, interrompeu o padre, dizendo: Seu vigário, estou muito apressado para viajar e passei aqui só para lhe pedir aqueles quinhentos mil réis que deixei com o senhor pra guardá-los.

Estabeleceu-se o impasse. Deixei, não deixou, deixei. Vendo a situação constrangedora do vigário, um rico fazendeiro local apressou-se em apaziguar tamanho aborrecimento, dizendo pro malandro:
Meu rapaz, você enganou-se, na verdade você deixou aqueles quinhentos mil réis foi comigo, ao que, incontinente, o baiano aplicou, Não senhor,
AÍ SÃO OUTROS QUINHENTOS.

Tô viajando.

15 fevereiro 2006

Ceará criativo

Vejam voces porque os cearenses gostam tanto de redes e porque são considerados os brasileiros mais criativos. Mais abaixo respostas de alunos do 2º grau a provas aplicadas no Ceará.

Incubadora cearense






As fotos me foram enviadas sem créditos.

Saramar sabe das coisas

Desejo reproduzir esse magnífico artigo da minha amiga Saramar (http://lidosevividos.zip.net), Junto com o comentário do amigo Alexandre, que por si só se explicam, e têm a minha completa concordância.

PEQUENA POLÍTICA

“Grande política (alta política) - pequena política (política do dia-dia, política parlamentar, de corredor de intrigas)”. A grande política compreende as questões ligadas à fundação de novos Estados, à luta pela destruição, pela defesa, pela conservação de determinadas estruturas orgânicas econômico-sociais.

“A pequena política compreende as questões parciais e cotidianas que se apresentam no interior de uma estrutura já estabelecida em decorrência de lutas pela preponderância entre as diversas frações de uma mesma classe política”.
(GRAMSCI, Cadernos do cárcere).

O autor, tão bajulado pelas esquerdas parece ter previsto o que seus seguidores iriam promover no país. Porém, creio que nem ele imaginou a profundidade do estrago.

As brigas de corredor, o mensalão, as diversas CPI's, as lutas internas em cada partido, etc., revelam toda a parcialidade do fazer política dos dias atuais. O que era luta política tornou-se mercado. O que era partido político tornou-se a casa da mãe Joana, sem respeito à orientação partidária, às lideranças e aos interesses ideológicos (?).

O cinismo é a palavra de ordem. Quanto mais cínico, mais poderoso é o político da atualidade. Exemplos? Há, aos montes.

•Leio no site do PFL que “o PT decidiu que os escândalos que mostraram a face corrupta e ilegal do partido serão esquecidos e que qualquer questionamento deve ser respondido com agressividade. ‘E daí, foi isso mesmo, achou ruim? ’”. CÍNICOS.

•O bolsa-esmola será utilizado para chantagear os miseráveis, os famintos, os sem nada: ou reelegem os corruptos, os insensíveis, os ex-pobres deslumbrados e embriagados pelo poder e por outras substâncias igualmente nocivas, ou ficam a ver navios (provavelmente, em virtude dos delírios provocados pela fome). CÍNICOS.

•O astronauta brasileiro que deveria permanecer em treinamento até outubro, irá ao espaço já agora em março para, de lá, saborear o imenso prazer de conversar com o vaníloquo. O cinismo aqui beira a irresponsabilidade. CÍNICOS.

•Os criminosos, venais, iníquos, prostituídos parlamentares comprados com o dinheiro público, e seus compradores estão, aos poucos, sendo absolvidos e continuarão roubando o país, o meu e o seu dinheiro. E gastarão o nosso dinheiro para se reelegerem e virão à TV mentir para convencer os incautos do quanto são sérios e preocupados com o país. CÍNICOS.

•A oposição continua no seu jogo de beija e morde, fingindo que está indignada, lança uns anátemas periódicos para consumo daqueles que ainda acreditam nela, enquanto, à sorrelfa (a bela expressão é influência do Artemus) continua em conúbio com o governo, endossando todas as irregularidades, os abusos e a roubalheira generalizada. CÍNICOS.

A alta política ficou no passado ou mudou-se para outros países mais sérios, enquanto os cidadãos continuam perdidos e sem capacidade de reação. Como disse o Serjão, a classe média se recolheu. E dá-lhe carnaval, copa do mundo e Lulla.

Escrito por Saramar.

[Alexandre] [http://outrasletras.blogspot.com], Disse:
Saramar, que texto! Confesso que o li com a respiração presa, tamanha identificação com seu conteúdo e erudita elaboração.

Seu artigo merece primeiramente ser divulgado ao máximo, para que o maior número de brasileiros seja esclarecido sobre o perigo real e iminente que corremos; em seguida merece ser preservado num relicário de excelência, tal como se faz com qualquer obra de arte consagrada. Meus Parabéns!

14 fevereiro 2006

Nas asas de Antoniel

POÉTICA

Se o poema não se diz,
cada verso se desfaz.
A idéia é a matriz
e todo o resto é fugaz.
Mas o conciso é loquaz
se falta ao verbo raiz.
O prolixo se desdiz
se tanto verbo é falaz.
Ao poeta, a diretriz;
ao poema, tanto faz.

POÊMICA

Se o poeta é feliz?
É pergunta contumaz,
se a resposta não condiz
e ao poeta não apraz.
A mentira satisfaz,
da dor se torna aprendiz
e redesenha o matiz
se o argumento é tenaz.
Ao poema, a diretriz;
ao poeta, tanto faz.

Antoniel Campos e Moita,
nessa ordem.

Antoniel Campos é engenheiro e Potiguar como eu.
É poeta renomado.
Enquanto eu, coitado,
sou no máximo “renomeado”.

13 fevereiro 2006

Data especial

Eu não tenho dúvidas, de que todos vocês conhecem a Revolução da Alma, de Aristóteles.

Mas ficaria muitíssimo satisfeito se um leitor sequer que seja, passasse a ter tido conhecimento dela, através deste artigo, aqui na Moita,

Estou postando-a por motivos bem pessoais que esta data de 14 de fevereiro, me obriga a fazê-lo.

Costumava ouvi-la, recitada de cor, quase aos primeiros vagidos, pelo meu pai. O qual me apraz viver me esforçando, diuturnamente, somente na tentativa de imitá-lo.

Revolução da Alma

Ninguém é dono da sua felicidade, por isso não entregue sua alegria, sua paz, sua vida nas mãos de ninguém, absolutamente ninguém. .

Somos livres, não pertencemos a ninguém e não podemos querer ser donos dos desejos, da vontade ou dos sonhos de quem quer que seja. A razão da sua vida é você mesmo.

A tua paz interior é a tua meta de vida, quando sentires um vazio na alma, quando acreditares que ainda está faltando algo, mesmo tendo tudo, remete teu pensamento para os teus desejos mais íntimos e busque a divindade que existe em você.

Pare de colocar sua felicidade cada dia mais distante de você. Não coloque objetivos, longe demais de suas mãos, abrace os que estão ao seu alcance hoje.

Se andas desesperado por problemas financeiros, amorosos ou de relacionamentos familiares, busca em teu interior a resposta para acalmar-te, você é reflexo do que pensas diariamente.

Pare de pensar mal de você mesmo(a), e seja seu melhor amigo(a) sempre. Sorrir significa aprovar, aceitar, felicitar. Então abra um sorriso para aprovar o mundo que te quer oferecer o melhor.

Com um sorriso no rosto as pessoas terão as melhores impressões de você, e você estará afirmando para você mesmo, que está "pronto" para ser feliz. Trabalhe, trabalhe muito a seu favor.

Pare de esperar a felicidade sem esforços. Pare de exigir das pessoas aquilo que nem você conquistou ainda. Critique menos, trabalhe mais. E, não se esqueça nunca de agradecer.

Agradeça tudo que está em sua vida nesse momento, inclusive a dor. Nossa compreensão do universo, ainda é muito pequena para julgar o que quer que seja na nossa vida.

Por fim, acredite que não estaremos sozinhos em nossas caminhadas, um instante sequer, se nossos passos forem dados em busca de justiça e igualdade!!!

"A grandeza não consiste em receber honras, mas em merecê-las”.

O autor Aristóteles, filósofo grego, discípulo de Platão e este de Sócrates, escreveu esta mensagem Revolução da Alma no ano 360 a.C.

Eu deveria dizer, mais ou menos.

12 fevereiro 2006

Saramar tira as dúvidas

Bem, pode parecer estranho, mas a Moita, nesse dia de hoje, estará fazendo merchandising. Mas de uma coisa especial.
Hoje será a inauguração da Casa do Escritor.

www.casadoescritor.com

A Casa do Escritor é um portal literário.
É uma cooperativa criada entre escritores e poetas.
Nela, todos têm os mesmos direitos.
Integral liberdade de criação e expressão.
O portal aceita publicação de contos, crônicas, poemas, artigos, etc.

Há 3 modalidades de associação:

- Sócio-Fundador: Apenas 100 (cem) cotas que permitem o ingresso ao portal isentando o autor do pagamento de mensalidades condominiais - somente poucas cotas remanescentes à R$ 100,00 (cem reais);

- Sócio-Convidado: A partir do convite de um sócio-fundador o convidado pagará somente 50% (cinqüenta por cento) da trimestralidade no valor de R$ 15,00 (quinze reais) sem limitações de textos;

- Sócio-Avulso: Todos aqueles que se associam pagando uma trimestralidade de R$ 30,00 (trinta reais) sem limitação de número de textos diários.


A Casa do Escritor é um portal literário.
Cooperativa do poeta e do escritor.
Igualdade sem censura e sem censor,
onde pode se expressar um libertário

O pagamento trimestral, não é salário.
Quinze réis para o Sócio Convidado.
Sócio Avulso paga trinta; é dobrado,
o que não vai fazer falta ao seu erário.

Mas se queres ser um Sócio Fundador,
pagarás cem reais, anuais com muito amor.
E com usufruto de tudo que lá tem.

E lá tem versos construídos com paixão,
cultura e paz, amor, compreensão.
Porque onde ta SARAMAR,... só ta o bem.

MOITA

Pra relaxar da política

Hoje é domingo. Não quero saber de política. Vou relaxar.

Esse post é uma homenagem a duas pessoas amigas e espetaculares, uma que sabe tudo sobre termos eruditos e antigos, Artemus Gordon. Outra que é carioca e gosta de aprender as relações entre palavras e épocas, Bell.

Além do mais existem nomes que o brasileiro e o próprio carioca aplicam num sentido e que na verdade tem outro.

Isso aí é legal porque você xinga e o xingado não vai lhe processar.

GLOSSÁRIO CARIOCA DOS ANOS 10 E 20 DO SÉCULO PASSADO

Adufe : Espécie de pandeiro quadrado
Capitoso : Que embriaga, entontece
Chelpa : Dinheiro
Chufa : Caçoada, troça
Conventilho : Prostíbulo, puteiro
Dédalo : Cruzamento, encruzilhada
Dichote : Gracejo, zombaria
Esbórnia : Orgia, farra
Fine : Aguardente natural
Fúfia : Mulher desprezível
Gravateiro : Ladrão que ataca a vítima pela garganta
Latagão : Homem robusto e de grande estatura
Marçano : Aprendiz de caixeiro; p. ext., aprendiz, principiante
Misógino : O que tem aversão às mulheres
Montra : Vitrine comercial
Nauseabundo : triste e
Pornéia : Libertinagem, devassidão
Pulcro : Gentil, belo
Quizília : Aborrecimento, impaciência
Redoute : Festa, baile
Retacado : Indivíduo baixo e atarracado
Sigisbéu : Aquele que corteja com assiduidade uma mulher
Tavolagem : O vício de jogar
Tricana : Moça do povo ou do campo
Triques : Vestido com apuro, elegante
Zabumbar : Atordoar, aturdir

[ Fonte: A mulher e os espelhos (1919), de João do Rio ]

GLOSSÁRIO CARIOCA DOS ANOS 30 E 40 DO SÉCULO PASSADO

Abafante : Pessoa que encanta pelos predicados físicos
Atrasado : Carente de relações sexuais
Babaca : Vagina
Baile : Discussão acalorada
Bate-fundo : Briga
Brasileira : Tuberculose
Cabaçuda : Mulher virgem
Circuncisfláutico : Posudo
Estácio : Tolo, palerma
Flozô : Fazer-se de difícil
Fruta : Pederasta passivo
Gado : Prostituta
Leros : Palavrório, lengalenga
Macambúzio : Triste
Minete : Sexo oral em mulher
Neruscóide de pitibiróides : Nada de nada; o mesmo que néris de pitibiriba
Peru : Vinte mil réis
Piçuda : Irritada, furiosa
Pisantes : Os pés
Quirica : Vagina
Solinjada : Navalhada (da navalha da marca Solingen)
Sorumbático : Coitado, triste
Tiragem : Grupo de policiais
Veado : Pederasta passivo
Vê-oito : Calcinha de mulher

[ Fonte: Desabrigo e outros trecos (1943), de Antônio Fraga ]

Artemus, na verdade, tem muita gente aí achando que o retacado Presidente Lula é um adepto do fine, marçano e um sorumbático circuncisfláutico. O que você acha?

Mudando de assunto

Aos meus amigos de blogs

Tem uns blogs que pra você enviar um comentário, tem-se que escrever uns caracteres que são feitos com uma perícia, extraordinariamente, caprichada e concebida pra você não entender.

Faço duas perguntas bestas: aquilo é necessário?
E pra que serve? Desculpem a minha ignorância porque foi meu filho pequeno quem formatou a Moita. Eu não entendo nada disso, mas já vi uns amigos velhinhos que tenho, escrevendo comentários e desistindo de postar por não acertar aquela coisa.

11 fevereiro 2006

Manias

A culpa é da Santa. Santa culpada? Será sacrilégio? Bem, com ou sem sacrilégio, a culpa é dela que inventou, pra mim foi ela, essa história de cada um contar 5 manias e indicar mais cinco blogueiros pra contarem mais 5 e assim, não sei onde essa corrente maluca vai acabar.

Mania é aquele hábito regularissimo que você tem. Eu sou tão irregular e mutável que nem mania eu consigo pegar. Portanto eu vou contar 5 coisas que faço.

Certamente irei misturar mania de fazer com coisa que eu tenho raiva de fazer que terminam virando mania de não suportar fazer e outras que os outros dizem que eu tenho mania de fazer. Mas não é nada do tipo “não pago as segundas”. Isso pra mim, é mania de outra coisa... deixa pra lá. rssss

Vou começar pelas escatológicas.

1- Após fazer o numero dois e antes de dar descarga, olhar e dar uma analisada no efeito. Ih! Esse hoje não ta bom; ou, esse ta legal! Se não fizer isso, não me perdôo. Bem, entretanto eu acho que todo mundo faz isso. Alguns negam.

2- Minha namorada dizia que eu tinha “mania” de fazer o numero um, fora do vaso.

Não acho que isso seja mania. Eu sou relativamente alto 1,90m e quanto maior a distancia entre você e o vaso, maior a probabilidade de parte do instante inicial do jato cair fora dele.

Tentei resolver esse problema; comprei um pincel fininho e duas latinhas de tinta, uma preta e outra amarela e entrei em casa, com as latinhas na mão, dizendo que ia desenhar um alvo dentro do vaso. Todos riram e pararam de me encher, por uma semana. Só.

3- 4 e 5 - Vou juntar as três porque são coisas que eu tenho MANIA de não agüentar, de não tolerar; convivo por necessidade. Eu não suporto três coisas. Cachorro, Dentista e Roberto Carlos, o cantor.

As próximas vítimas serão:

Soube?, PEPE LEGAL, Pensar Politico Patrick Gleber, Blog da Gusta, Outrasletras Alexandre.

Se por ventura, algum de voces já dançou antes com isso, aí voce mesmo escolha a sua próxima vítima.

Socorro!! Eu não sei fazer link. Meu filho menor que sabe, viajou.

10 fevereiro 2006

Canções infantis

Sou engenheiro, portanto não sou filósofo, nem pedagogo e muito menos educador da infância. Mas acho que conversando com alguns amigos, levantamos uma tese que tenta explicar porque nós brasileiros somos medrosos, não brigamos pelos nossos direitos, nos acovardamos diante de atitudes cívicas e nos escondemos na hora que, exatamente, deveríamos lutar.

A culpa está nas canções de ninar, nas fábulas e historias infantis contadas as nossas crianças.
Nos Estados Unidos as canções pra criança dormir são assim: traduzidas é claro:

“Boa noite, linda menina, durma bem.
Sonhos doces venham para você,
Sonhos doces por toda noite”...

No Brasil é assim:

Boi, boi, boi.
Boi da cara preta
Pega essa menina...............

Vejam só: o boi, a gente, que é adulto, até conhece sua reações e agressividades; as crianças, nem sei se conhecem. Mas tudo bem, pelo menos, as nossas crianças conhecem boi.

Nana neném que a cuca vai pegar...

Esse bicho, nem eu conheço, imagina as crianças.

Vejam o que diz um amigo da minha amiga Maria Elizabeth que lhe mandou um e-mail e não quis se identificar:

O problema do Brasil é que a sua população em geral tem uma auto-estima muito baixa. Isso faz com que os brasileiros se sintam sempre inferiores e ameaçados, passivos o suficiente para aceitar qualquer tipo de extorsão e exploração, seja interna ou externa. Por que isso acontece? Trauma de infância!!!! Trauma causado pelas canções da infância.!!!!

Vou explicar: nós somos ameaçados, amedrontados e encaramos tragédias desde o berço! Por isso levamos tanta porrada da vida e ficamos quietos.
Exemplificarei minha tese:

Atirei o pau no gato-to-to
Mas o gato-to-to não morreu-reu-reu
Dona Chica-ca-ca admirou-se-se
Do berrô, do berrô que o gato deu,
Miaaau!

Para começar, esse clássico o do cancioneiro infantil é uma demonstração clara de falta de respeito aos animais (pobre gato) e crueldade. Por que atirar o pau no gato, essa criatura tão indefesa? E para acentuar a gravidade, ainda relata o sadismo dessa mulher sob a alcunha de "D.Chica". Uma vergonha!

Eu sou pobre, pobre, pobre,
De marré, marré, marré.
Eu sou pobre, pobre, pobre,
De marré de si.
Eu sou rica, rica, rica,
De marré, marré, marré.
Eu sou rica, rica, rica,
De marré de si.

Colocar a realidade tão vergonhosa da desigualdade social em versos tão doces!! É impossível não lembrar do seu amiguinho rico da infância comum, carrinho fabuloso, de controle remoto, e você brincando com seu carrinho de plástico... Fala sério!!!

Vem cá, Bitu! Vem cá, Bitu!
Vem cá, meu bem, vem cá!
Não vou lá! Não vou lá, Não vou lá!
Tenho medo de apanhar.
Quem foi o adulto sádico que criou essa rima? No mínimo ele espancava o pobre Bitú.....

Marcha soldado,
cabeça de papel!
Quem não marchar direito,
Vai preso pro quartel.

De novo, ameaça! Ou obedece ou você vai se fu..... Não é à toa que o brasileiro admite tudo de cabeça baixa....

A canoa virou,
Quem deixou ela virar,
Foi por causa da (Fulana)
Que não soube remar.

Ao invés de incentivar o trabalho de equipe e o apoio mútuo, as crianças brasileiras são ensinadas a dedurar e a condenar o semelhante. Bate nele, mãe!

Samba-lelê ta doente,
Ta com a cabeça quebrada.
Samba-lelê precisava
É de umas boas chineladas.

Samba-lelê, encontra-se com a saúde debilitada e necessita de cuidados médicos. Mas, ao invés de compaixão e apoio, a música diz que ela precisa de palmadas! Acho que o Samba-lelê deve ser irmão do Bitú......!!

O anel que tu me deste
Era vidro e se quebrou.
O amor que tu me tinhas
Era pouco e se acabou...

Como crescer e acreditar no amor e no casamento depois de ouvir essa coisa anos a fio??

O cravo brigou com a rosa
Debaixo de uma sacada;
O cravo saiu ferido
E a rosa despedaçada.
O cravo ficou doente,
A rosa foi visitar;
O cravo teve um desmaio,
A rosa pôs-se a chorar.

Desgraça, desgraça, desgraça! E ainda incita a violência conjugal.

Ah!!! Você esqueceu desta:

Passa, passa, (três vezes)...
o último que ficar
tem mulher e filhos
que não pode sustentar...

Aí, ter mulher e filhos que não pode sustentar fica super normal e ainda passa três vezes. Começa a se aceitar o desemprego como uma normalidade, Mas uma “normalidade” brasileira.

Bem, se você não conhece todas essas musiquinhas, não se desespere. É porque o Brasil é grande.

Nem vou falar das historinhas infantis. Aquelas que têm a mania de sempre levar a menina pra dentro do mato. Isto será prosa pra outro post.

Obs: Eu já tinha metade deste post pronto, aí, recebi parte deste texto por e-mail, sem créditos. Publiquei exatamente aquela parte que recebi, exatamente, como estava escrito e tem muito caco que eu enfiei aí pelo meio. Já não sei mais quem é o autor.

09 fevereiro 2006

Homenagens

Desejo prestar minhas humildes homenagens a alguns amigos e famosos: Fabio Rocha, ta na vista. A amiga Debi, por me lembrá-lo.
Aos amigos Lorenza e Artemus Gordon, por me relembrarem um outro famoso; Capistrano de Abreu.

Não pise na Grama

Placa inútil e amarela:
“Não pise na grama.”

Amarela
pela ausência de girassóis.

Inútil
porque não tenho os pés no chão.

Fabio Rocha
_______________________________________

Não pise na Grana

Placa inútil e verdinha:
“Não pise na grana.”

Verdinha
pela ausência de uísque vindo de Cuba.

Inútil
porque eles não pisam; embolsam.

MOITA
(Fabio, desculpe o plágio).

E pensar que tudo poderia se resumir na adoção e no cumprimento, é claro, da célebre proposta de Constituição de um só artigo, de autoria do cearense João Honório Capistrano de Abreu que morreu em 13 de agosto de 1927

“Artigo I - Todo brasileiro é obrigado a ter vergonha na cara.

Parágrafo único - Ficam revogadas todas as disposições em contrário".

08 fevereiro 2006

“Corrupção será mais sutil”

Entrevista /David Fleischer JB.
DANIEL PEREIRA, HUGO MARQUES E TINA VIEIRA

- Na hipótese de reeleição do Lula, como ele governará?

- Seu governo seria totalmente diferente. Em 2003, ele teve 63% dos votos no segundo turno, seu partido elegeu 91 deputados, o que foi um marco extraordinário do PT, e o José Dirceu e os agentes conseguiram construir uma maioria rapidamente.

A melhor hipótese possível para o Lula seria o PMDB fornecer o vice e fazer uma coligação. Mas nessa o PMDB não entra de bobo. Eles podem fazer a coligação, mas vão querer nove, dez ministérios importantes. Será um governo de coalizão em que parceiros não apenas ocuparão ministérios, mas participarão de decisões.

- Teremos um presidente Lula mais fraco no segundo mandato?

- Sim, um Lula mais fraco. O problema é que ele é carismático, mas não sabe administrar. Terá que encontrar outro Dirceu para ser seu gerente.

Comentário meu:

Quando Lula tinha gana
de governar o Brasil,
o que foi que a gente viu?
Uma súscia bem sacana.
Começaram a juntar grana,
cada qual querendo o seu.
Ele tinha o Zé Dirceu
quando se sentia macro
e agora que vai ser fraco.
Pega qualquer fariseu.

07 fevereiro 2006

Baixeza

Como todos vêem, aqui em cima na página do blog, fica a tarjeta do Blogger de cor bege.

Mas muitos que não têm blog, não sabem pra que serve aquele íconezinho que tem uma bandeirinha escrita Flag.

Para quê? Para se alguém achar que estou postando coisa indecente ou de atentado ao pudor e não sei mais lá o quê, clicar lá, avisando ao Blogger da minha infração.

Vejam só; há vários dias venho notando que tem alguém clicando sistematicamente no Flag e acendendo a bandeira vermelha do Unflag.
Não foi só no post logo abaixo.

Tenho alguns amigos que trabalham em órgãos do governo, que já me disseram que meu blog e outros tidos como anti-petista, foram bloqueados nessas repartições.

Os funcionários acessam todos, menos os tais “censuráveis” que os seus sistemas bloqueiam automaticamente.

A censura e o autoritarismo, bem como a baixeza, são as armas preferidas dos esquerdistas, há séculos.

Pensei que o PT, que se diz democrata, era diferente do regime de Saloth Sar vulgo Pol Pot. Ledo engano.

Eu acho que esse tipo de petista, motivo deste post, tem todas as qualidades a seguir:

Presunção e arrogância,
nogenteza e vaidade,
baixeza, intolerância,
safadeza, improbidade,
torpeza, extravagância,
petulância e crueldade.

06 fevereiro 2006

PT jura que amava operário

 
Dizendo-se apaixonada e zelosa pelo operário, uma senhora conhecida pelo apelido de PT, a guisa de praticar amor com ele, terminou pondo em prática o seu, minucioso e bem arquitetado plano de assassinar o seu amado.

O Sr. José Brasil da Silva foi literalmente esmagado enquanto estava deitado em seu berço esplêndido, digo, em seu leito.

Essa é a versão contada pelos habitantes da pensão, onde residia o coitado. PT nega tudo. Disse, em juízo, que não sabe de nada, não viu nada e que, provavelmente, o culpado é o seu filho chamado Dilúvio.

05 fevereiro 2006

Luis Inácio de “Abreu e Lima”

Uma vez um pernambucano se juntou com um venezuelano e um argentino e libertaram do domínio Espanhol cinco paises, Venezuela, Colômbia, Bolívia, Peru e Equador.

O venezuelano era Simon Bolívar, o argentino era Jose de San Martin e o pernambucano era JOSÉ INÁCIO DE ABREU E LIMA, mais conhecido como Abreu e Lima. Herói em seis nações. Estátuas espalhadas em praças, ruas e avenidas de todas elas.

Tão cultuado que o Presidente Chaves disse que somente se tornaria parceiro da refinaria no Brasil, se ela fosse instalada na cidade de Abreu e Lima – Pe, a despeito dos estudos técnicos indicarem o Rio Grande do Norte como a opção mais viável, por ser o maior produtor de petróleo e gás, em terra, do Brasil.

Mas, INACIO e pernambucano? Que coincidência?

Hoje, outro INACIO pernambucano se junta a outro venezuelano, para deixar a América do Sul em maus lençóis com uma política trôpega, autoritária, um século atrasada, populista, sem objetivos e ainda a chamam de Revolução Bolivariana.

Também eles não sabem ter uma política nacional, como alinhavariam uma política continental.

Lula, o megalomaníaco, já quis se comparar a Getulio, Juscelino e Tancredo. Mas, agora foi que eu percebi, ele ta querendo ser comparado a Abreu e Lima !!!., Cara !

Comparar-se a Getulio,
pro Lula não satisfaz.
Se chama-lo Juscelino,
isso até que lhe apraz.
Mas querer ser/ Abreu e Lima;
nem em prosa nem em rima,
desculpe, aí é demais.

03 fevereiro 2006

SER FEIO NÃO É BOM

Na antiguidade, o Direito Romano continha um artigo que ficou conhecido como o Édito do Imperador Valério, que previa: ‘‘No caso de dois acusados e havendo dúvida sobre a autoria do delito, deve o juiz condenar o mais feio’’.

Se essa lei estivesse presente no atual código penal brasileiro, como ficaria a situação do PT?

Digo isso porque tem crimes nesse partido, onde há mais de um suspeito. Outros, nos quais existem dezenas de suspeitos. E alguns crimes, nos quais todos são suspeitos.

Quanto às investigações, têm-se dois desalentos. Um que os suspeitos não sabem de nada, juram inocência e outro que os nossos Herlock Solmes das CPIs não são lá esses Sherlock Holmes todos que imaginávamos. Não descobrirão nada.

Sem contar que o maior detetive, O Suplicy Clouseau esta do lado dos suspeitos.

Pronto. Caso típico de se aplicar o Édito de Valério.

Bem, quanto a escolher os mais feios do PT para condenar, não vou emitir opinião alguma porque teria, certamente, uma tremenda dificuldade pra fazê-lo.

Pra escolher os mais feios
integrante do PêTê.
Não teria nenhum meio
que me ajudasse escolher.

Aqueles belos rostinhos
que acho tão bonitinhos.
Eu vou deixar pra você.

Revolta

O poder disfarçado de indulgente,
corrompido com a maior desfaçatez,
acoberta o impuro com a altivez
do mais reles facínora indecente

O mandatário fantasia-se de inocente
e ignora relatórios, diligencias,
auditorias, testemunhas e evidências
e a população tão ordeira e paciente

“Mas, se ergues da justiça à clava forte”.
Não haverá brasileiro que suporte
a viver num país desiludido

O Brasil terá que/ juntar-se em peso
pra fazer com que o bandido seja preso
e tornar o Presidente impedido.

MOITA

02 fevereiro 2006

Ensaio e erro

A discussão do PLC 62/2005 que trata da gestão de florestas públicas tem causado uma divergência muito grande entre os parlamentares, bem como, entre os amazônidas.

O projeto prevê a concessão de exploração de madeira por 40 anos com possibilidade de renovação por mais 40, das florestas publicas, por empresas legalmente constituídas.

É importante lembrar que estas concessões podem ser dadas como garantia de empréstimo a qualquer banco. E que as concessionárias podem repassá-las a outras companhias, brasileiras ou estrangeiras.

Discute-se, por um lado, que as concessionárias não irão permitir a entrada dos seringueiros para extrair látex, açaí e outros produtos dentro dos seus limites.

Questiona-se porque a concessão nunca foi legalizada com titularização aos índios e amazônidas durante esses 506 anos de Brasil.

Os mais alarmistas ou mais experientes, não sei, já vêem a possibilidade de uma orquestração para as concessionárias serem atraídas a fazer empréstimos em bancos de capitais estrangeiros, hipotecá-las, não pagar os “empréstimos”, permitindo assim que os bancos se apossem dessas concessões na Amazônia, internacionalizando-a.

Não me arvoro a discutir o mérito, mas me causou muita estranheza, alguns senadores dizerem mais ou menos isso: tudo bem, vamos aprovar, se der errado; o Congresso, a qualquer tempo, derruba essa lei e faz outra.

Ora, em cima dessa lei serão feitos milhares de contratos com somas incontáveis de dinheiro. Mesmo retrocedendo na lei, os contratos estarão amparados. E, se contrariados por nova lei, deverão ser indenizados pela União, no mínimo.

Outro espanto muito maior ainda que tive, foi descobrir que temos um Congresso capaz de fazer leis pelo método empírico, do ensaio e erro.

Com base no ensaio e erro,
o Congresso rege o povo.
Já pensou você saltar
da torre Eiffel com um ovo
e dizer: vou ensaiar,
pois se ele se quebrar
eu volto e salto de novo.

01 fevereiro 2006

A dita coisa

Essa semana, vi duas pessoas se desentendendo por conta de palavras ditas e mal compreendidas por ambas. Como isso é comum! Por vezes, a gente nem nota, até porque, em muitas ocasiões, a pessoa que se chateou com a palavra mal ou bem entendida, cala-se.

Algum tempo atrás, a pedido de um editor meu amigo, escrevi uma crônica para um jornal local, com um versinho no final, nos moldes que escrevo aqui.

No outro dia vieram as críticas dos jornalistas. Não sei por que, uns oitenta por cento aprovaram, os vinte restantes disseram cobras e serpentes(lagartos era pouco) a respeito.

Que eu não tinha me atido ao título todo tempo, que não havia sido claro em relação a certos pontos, e não tinha usado da erudição pertinente ao perfil do jornal. Ora, o editor havia me pedido exatamente isso; escreve pra que qualquer um entenda.

Reli o que havia escrito, e naturalmente com a cabeça de quem a escreveu, achei que a crônica estava toda muito clara. À noite, ao chegar a casa da minha mãe, encontrei minhas irmãs discutindo, exatamente isso. “Ta claríssimo”, dizia uma; “existem alguns pontos nebulosos”, dizia a outra.

Eu as cumprimentei, ri e fui tomar banho e dormir, lembrando-me de um velho poeta:

A gente pensa uma coisa,
acaba escrevendo outra
e o leitor entende uma terceira coisa... e,
enquanto se passa tudo isso,
a coisa propriamente dita
começa a desconfiar
que não foi propriamente dita.

Mario Quintana